Não costumo assistir aos canais da televisão aberta brasileira, pois considero seus conteúdos, na grande maioria das vezes, fúteis. Entretanto, o programa, Aprendiz da Rede Record, tem despertado minha atenção e o tenho acompanhado com bastante freqüência. Através deste, tiro lições para o meu dia-a-dia corporativo no Grupo Marquise.
No último programa, na última quinta-feira (05), uma das participantes desistiu do desafio de se tornar sócia do empresário, Roberto Justus, por não conseguir arcar com o preço elevado da saudade do seu filho. Diante deste fato o empresário respondeu: “Para ser meu sócio tem que ter coração de ferro”.
Não é apenas o futuro sócio do Roberto Justus que deve possuir um coração de ferro. Como trainee e aspirante a executivo, eu tenho sofrido isto na pele. Datas comemorativas e feriados já se tornaram dias úteis; sair com os amigos? Nem pensar, pois as atividades são inúmeras; as horas ao lado dos meus parentes diminuíram e até comemorar meu próprio aniversário ficou difícil. Diante dessa situação, já me questionei inúmeras vezes se é possível viver e dar resultado numa companhia simultaneamente.
Pois é caro leitores, ser sócio de alguém num novo negócio ou assumir um cargo de liderança numa grande companhia é o objetivo de muitos, porém o caminho até lá é bastante árduo. Reconheço que emoções e o lado afetivo são importantes e essenciais, mas em certos momentos não combinam com o resultado corporativo. Concordo com Roberto Justus, para cruzar a linha de chegada desta grande caminhada é essencial ter um coração de ferro.
Germano Arraes Firmo
3 comentários:
Prezado Germano,
De vez em quando leio o blog da Marquise sem comentá-lo, porém hoje a sua postagem me chamou muito a atenção. Embora eu também faça parte do mundo corporativo, trabalhando em uma conceituada empresa multinacional, em que também ingressei como trainee há dois anos, conhecendo a realidade de pressões que sofremos por todos os lados e ainda assim continuamos nos superando a cada dia, discordo da sua opinião de que para ser "sócio" ou, em outras palavrar, obter sucesso profissional, devemos "ter o coração de ferro". Acredito que a vida apenas nos é concedida uma única vez e que a juventude não volta. O desafio da vida é conseguir obter sucesso profissional ancorado em uma vida afetiva que te faça acordar a cada dia mais saudável para o trabalho e suas atribuições. Este comportamento do Roberto Justus, mostrando-se como o "homem econômico", fazendo inclusive certas "lavagens cerebrais" nos aspirantes à profissionais com excelência deve ser revisto novamente com outros olhos, pois além dos grandes profissionais com quem convivo terem uma vida afetiva bastante influente, pesquise no Google as palavras-chave Silvia Lagnado Executiva Global, e veja que se tornar um grande profissional nada tem haver com renunciar a sua vida afetiva.
Lívia Arruda Castro
Tá vendo, Germano, não sou só eu que acha isso... Coincidiu de ser uma outra mulher, e dando o referencial de uma terceira, mas acredito piamente que todos, homens e mulheres, são capazes de, passando por cima de preconceitos (aqui como sinônimo de idéias pré-concebidas), ser executivos de sucesso e pessoas felizes e resolvidas. Boa noite,
Gloria Molinari
Lívia e Gloria,
Primeiramente agradeço pelos comentários, pois este blog nada mais é que uma ferramenta para discussões. Entretanto, a mensagem que quero deixar com este post é que EM CERTOS MOMENTOS no mundo corporativo, infelizmente, temos que renunciar um pouco nosso lado afetivo. Concordo com vocês quando dizem que o lado afetivo é essencial para o desempenho profissional. Até penso que buscar este equilíbrio entre vida pessoal e profissional é o maior desafio dos executivos atuais, sejam eles sócios ou não. Contudo, determinadas situações corporativas exigem dos executivos um coração de ferro. Penso dessa forma.
Continuem participando, pois são comentários deste tipo que enriquecem nosso blog e nos dão prazer de postar. Ah!! E vou pesquisar sobre a Silvia Lagnado.
Por ora é isso e até mais.
Germano Arraes Firmo
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