Há alguns posts atrás, publiquei um texto que falava da minha aproximação com a HP e a convivência com os números que têm sido bem mais constantes no meu dia-a-dia. Hoje, venho escrever basicamente o que o título sugere: meu sangue de arquiteta vem se diluindo e se misturando com o dos engenheiros.
Ai ai, é duro assumir isso, mas é a verdade! Na última vez que encontrei meus amigos da faculdade, que hoje são excelentes arquitetos, eles previram exatamente esta realidade: “Enquanto nós estivermos discutindo conceitos e projetos, a Luana estará se preocupando com os números e as viabilidades”.
Pois é, tenho que entregar aqui para vocês, não consigo mais visualizar o projeto desvinculado dos números. “Será que isso é mal de incorporador? E de engenheiro-incorporador?” Mal ou não, cá estou eu sendo contagiada...
Nas últimas semanas, vivenciei duas situações que eu pude constatar isso. A primeira delas foi uma proposta de masterplan para um dos nossos terrenos em negociação, apresentado por um escritório de arquitetura muito bom aqui de Fortaleza. O projeto era inovador, autêntico, bem representado e encantava aos olhos de qualquer cliente. Mas tinha um detalhe: a área construída proposta não atingia nossos números. Esse foi um motivo suficiente para o projeto desencantar aos nossos olhos e não ser aceito, mesmo com todo grau de originalidade, de boas idéias e bons conceitos. Não era viável! E eu concordei totalmente.
O outro exemplo foi de uma apresentação de conceito para algumas tipologias de edificações, para um outro empreendimento nosso. As idéias muito boas e os espaços maravilhosos, com nenhum exemplo semelhante aqui no Ceará. Porém, a apresentação me impacientava, justamente porque os números (nesse caso) ultrapassavam nossas áreas previstas e porque eu pensava no retrabalho para viabilizar as propostas do projeto com as condições ambientais, de topografia e legislação locais, já que o arquiteto é de São Paulo e conceituou sem esse embasamento.
Pois é, hoje posso afirmar que meus olhos já não se encantam apenas por boas idéias e bons projetos. Acredito que seja mais inteligente e mereça mais méritos, quando o arquiteto consegue tornar esses conceitos viáveis, construíveis. A boa idéia só é realmente comprovada como boa, se consegue se tornar realidade.
Que pensamento pragmático! Pois é, e eu sou quase uma arquiteta!
Luana Marques
Ai ai, é duro assumir isso, mas é a verdade! Na última vez que encontrei meus amigos da faculdade, que hoje são excelentes arquitetos, eles previram exatamente esta realidade: “Enquanto nós estivermos discutindo conceitos e projetos, a Luana estará se preocupando com os números e as viabilidades”.
Pois é, tenho que entregar aqui para vocês, não consigo mais visualizar o projeto desvinculado dos números. “Será que isso é mal de incorporador? E de engenheiro-incorporador?” Mal ou não, cá estou eu sendo contagiada...
Nas últimas semanas, vivenciei duas situações que eu pude constatar isso. A primeira delas foi uma proposta de masterplan para um dos nossos terrenos em negociação, apresentado por um escritório de arquitetura muito bom aqui de Fortaleza. O projeto era inovador, autêntico, bem representado e encantava aos olhos de qualquer cliente. Mas tinha um detalhe: a área construída proposta não atingia nossos números. Esse foi um motivo suficiente para o projeto desencantar aos nossos olhos e não ser aceito, mesmo com todo grau de originalidade, de boas idéias e bons conceitos. Não era viável! E eu concordei totalmente.
O outro exemplo foi de uma apresentação de conceito para algumas tipologias de edificações, para um outro empreendimento nosso. As idéias muito boas e os espaços maravilhosos, com nenhum exemplo semelhante aqui no Ceará. Porém, a apresentação me impacientava, justamente porque os números (nesse caso) ultrapassavam nossas áreas previstas e porque eu pensava no retrabalho para viabilizar as propostas do projeto com as condições ambientais, de topografia e legislação locais, já que o arquiteto é de São Paulo e conceituou sem esse embasamento.
Pois é, hoje posso afirmar que meus olhos já não se encantam apenas por boas idéias e bons projetos. Acredito que seja mais inteligente e mereça mais méritos, quando o arquiteto consegue tornar esses conceitos viáveis, construíveis. A boa idéia só é realmente comprovada como boa, se consegue se tornar realidade.
Que pensamento pragmático! Pois é, e eu sou quase uma arquiteta!
Luana Marques


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