terça-feira, 22 de julho de 2008

A FORÇA DOS ALIMENTOS

Quando o assunto é economia, petróleo, inflação e taxa de juros ganham espaço, tirando o sono de muitos empresários e economistas. Tais fatores, atualmente, ocupam boa parte dos espaços da mídia, seja ela escrita ou falada. Contudo, eles não são novidades. Muitos brasileiros ainda têm pesadelos com a inflação que dominou o país no final dos anos 80 e início dos anos 90; a crise do petróleo em 1973 ainda está viva na mente dos economistas mais antigos e a taxa de juros sempre foi uma ferramenta eficaz na política monetária de grandes potências.

Porém, outro fator vem roubando a cena na conjuntura econômica mundial. Tal fator está bem mais próximo de nós. Ele está tanto na mesa do nosso café da manhã, como no nosso almoço diário. Este fator é o alimento. Atualmente, a contínua e generalizada elevação nos preços dos alimentos tem preocupado os agentes econômicos no mundo todo e no Brasil não pode ser diferente. Nunca na história a soja, o milho e o trigo foram tão valorizados.

As causas apontadas por especialistas são diversas, entretanto algumas merecem destaque. O crescimento chinês proporcionou um aumento no número de emprego, fazendo com que muitas pessoas que passavam à margem do consumo passem a demandar mais; a produção do milho para a produção de etanol pode ser considerada outra causa para tal inflação; no Brasil, o aumento da renda e os programas assistencialistas, também, possuem uma parcela de culpa. Como podemos observar, da Ásia à América latina a inflação dos alimentos exerce uma grande influência.

Diante dessa situação, os principais comandantes mundiais estão buscando alternativas para vencer essa batalha contra os aumentos dos preços. Alguns vêm obtendo sucesso, enquanto outros colecionam fracasso: Cristina Kirchner é a prova disso.

Independente da região do planeta, a solução para resolver este problema é aumentar a produção de alimentos através de investimentos no setor agrícola. Porém, enquanto tal situação não é resolvida, só nos resta torcermos para que nossos gestores possam resolver esta “indigestão” o mais rápido possível.

Germano Arraes

Um comentário:

Anônimo disse...

Germano,

a análise a ser feita é esta, mas alguns pontos foram esquecidos. Como o aumento do petróleo, matéria-prima necessária para a produção de fertilizantes e combustível, que aumenta o preço de produção do produto agrícola e também aumenta o preço do frete ou transporte terrestre ou aéreo. Por isso as empresas aéreas correm desesperadamente átras do bio querosene. Outro fator são os altos subsídios que os países desenvolvidos oferecem aos seus produtores de alimentos. Este subsídio alto possibilita a exportação dos produtos deles a um preço muito baixo e os países pobres, como os africanos, que tem potencial, mas não tem como competir e, por fim, os países estão começando a reter alimentos, já imaginando uma possível falta em todo o mundo.

Abraço!!