segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Diversidade de serviços

Não restam dúvidas quanto à importância do setor de serviços para o bom funcionamento de uma economia. Imaginem o que seria da China sem o serviço de transporte de matérias-primas e escoamento de sua produção mundo afora, ou como nossa vida seria muito mais difícil sem distribuição de energia, coleta de lixo e telefonia. Será que conseguiríamos abrir mão dos serviços mais básicos que hoje já fazem parte da nossa rotina, como entrega de medicamentos em domicílio, restaurantes e lava-jato?

Muita discussão existe sobre o que prevalece, se os serviços só existem para que um produto chegue ao consumidor, ou se os produtos são apenas instrumentos para a prestação de serviços. O que importa é que quanto mais desenvolvida é uma sociedade, maior é a quantidade de serviços demandados e ofertados. Vejam o caso dos Estados Unidos: 80% dos postos de trabalho estão neste setor, mesmo sendo um país notadamente consumista de produtos manufaturados. É a prova da relevância desse tipo de atividade.

Dois motivos podem explicar esse fenômeno. Primeiro: na Era Industrial, a oferta de empregos nas fábricas levou muitas pessoas a trabalharem nesse setor e, com a modernização das plantas industriais, com a máquina ocupando o espaço do homem, a oportunidade de emprego migrou para a prestação de serviços, além da necessidade natural causada pelo desenvolvimento, que fez surgir novos serviços e que outros fossem aprimorados. Segundo: as tendências sociais norte-americanas, como o envelhecimento da população, o aumento da quantidade de pessoas solteiras e o corre-corre característico das grandes cidades, juntas, aumentaram a demanda por serviços cada vez mais indispensáveis e enraizados na cultura americana.

O Brasil segue esse ritmo, e com um fator a mais, nunca teve uma economia muito baseada na indústria. Hoje contratamos com muita naturalidade serviços jamais imaginados. E tem mais, a qualidade e adequação às expectativas dos clientes nunca foram tão cobradas como atualmente. Esse é o fruto da inovação (não posso deixar de lado a criatividade do brasileiro) e do processo de desenvolvimento pelo qual o país está passando.

Ruben da Cunha

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