Abaixo a dengue!

Nestes dias temos visto uma verdadeira enxurrada de notícias sobre mortes causadas pela dengue. A doença é um sério problema de saúde pública: com a chegada do período das chuvas a epidemia cresceu tanto que está fora de controle em alguns estados brasileiros, notadamente o Rio de Janeiro.

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É que o vetor principal, aedes aegypti, um mosquitinho pequenininho, uma coisinha de nada, é um bicho traiçoeiro. Ele pica adultos e crianças, não tem preferência de sexo, raça ou cor. Por puro instinto de sobrevivência, mas acredito também (só pode!) que por muita maldade. E pior, não existe vacina contra a doença.

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É revoltante ver o número de pessoas contaminadas. Filas quilométricas, hospitais lotados, falta de medicamentos e de ações do governo para conter a epidemia. A notícia de que uma mulher grávida e o seu bebê faleceram depois de ser mandada de volta a casa quando estivera em um hospital público – completamente despreparado, diga-se de passagem- gera forte indignação.

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Que o nosso sistema de saúde público é precário não é novidade. Que o poder público é negligente, pouco confiável, corrupto, não é surpresa pra ninguém. Quem responde pelo surgimento da epidemia? Só pode ser o malvado mosquitinho.

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E assim, com toda a população preocupada em erradicar a dengue, por benefício próprio, convém declarar luta armada contra o vetor. Prestar o máximo de atenção para eliminar focos de proliferação, contribuir com agentes sanitários, chamar atenção dos vizinhos para que participem em conjunto do combate, todas as ações são válidas para evitar a proliferação...

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Lembro que há uns três anos, todo mundo aqui em casa, exceto eu, pegou a doença. Aliás, vários moradores do meu prédio foram contaminados, inclusive minha avó, que quase foi para o hospital. Ninguém do condomínio entendia de onde vinha o diabo do mosquito, já que tomávamos todos os cuidados possíveis, e após acionar a vigilância sanitária descobriu-se que o foco era no prédio vizinho, o mais chique do quarteirão...

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Isso mostra que a população tem que lutar em conjunto. TODOS. Para que não tenhamos mais e mais notícias desagradáveis sobre essa doença que pode ser fatal!

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Lívia Ferreira