quarta-feira, 23 de abril de 2008

Empreendedorismo

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Atualmente, o Brasil passa por uma fase de bonança: Lula festeja o crescimento de aproximadamente 5,5% em 2007, e garante que estamos só começando um processo de inovação, que levará o Brasil ao cargo de potência econômica no futuro. As novas descobertas do petróleo dão ainda mais otimismo aos milhões de brasileiros que anseiam por um futuro próspero.
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Lembrando que boa parte de nosso crescimento se deve ao aumento da demanda interna, temos que o brasileiro nunca consumiu tanto. Economistas já apontam para o fato de termos uma espécie de “bolha do crédito” que vai crescendo cada vez mais (hoje em dia, podem-se comprar imóveis e veículos em centenas de prestações). O governo, por outro lado, diz que uma das grandes soluções é o empreendedorismo. É cada vez mais fácil levantar dinheiro para empreender num próprio negócio sob a perspectiva de gerar renda e emprego.
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Quem trabalha como empregado pode pensar que o seu amigo microempresário faz seus horários e que não deve satisfações a ninguém. Será que as coisas acontecem dessa forma mesmo? Você estaria pronto para ocupar esta posição? Boa parte das palestras que vemos por aí nos mostra que devemos empreender.
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A questão é que a maioria das empresas que surgem não sobrevive ao primeiro ano de existência (estatisticamente, fecha com oito meses de vida). Tudo isso por quê? Muitas delas são criadas, é verdade! Porém, grande parte não demonstra nenhum tipo de planejamento. Ou seja, o investidor / empreendedor brasileiro tem muita vontade de crescer, mas ainda não adquiriu o bom senso e discernimento suficientes para ser bem sucedido nos negócios. O conceito de marketing, ainda confundido com propaganda, é ausente na maioria das empresas, enquanto boa parte dos clientes ainda é desconsiderada e os produtos são empurrados no mercado.
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Quanto à vida de empresário, vale ressaltar que nem tudo são flores! Para pertencer a essa categoria, para começar, é necessário saber lidar com pessoas. Já que a missão do dono do negócio nem sempre é resumida em mandar fazer. Há milhares de situações em que ou você faz o serviço ou deixa o cliente na mão. A decisão, nesse caso, é sua: afinal, existem prazos a cumprir, e é o seu nome que está em jogo.
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Tudo isso parece exagero? Examine: em uma microempresa, é bastante comum você poder contar com pouquíssimos funcionários, já que geralmente a receita não lhe possibilita muitas despesas, pelo menos no início. Ausências desavisadas podem causar um grande problema, principalmente quando não se conta com uma estrutura para providenciar uma substituição rápida e eficiente.
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O empreendedor consciente deve erguer as mangas e dar o exemplo. Mais do que ninguém deve manter o comprometimento com o seu empreendimento (já que o interesse no sucesso do negócio é principalmente dele). Especialistas dizem que apenas amar o negócio é pouco! Além de fonte de receita e mesmo de subsistência, este empreendimento é realização do próprio dono. É necessário o depósito de uma boa dose de energia e dedicação (se uma pessoa adora a rotina , trabalhar de 8h às 17h, de poder contar com o seu salário caindo certo na sua conta, já nem se enquadra nos novos conceitos do mercado de trabalho. As empresas querem pessoas de perfil empreendedor dentro delas: “os intraempreendedores”). Antes de chegar ao sucesso, trabalhará longos expedientes, correrá em busca de clientes, investirá muito do pouco que possui.
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Para superar uma educação defasada e universidades que não ensinam a empreender, deve-se começar investindo em conhecimento. Além da competência técnica, o pacote comportamental do empreendedor definirá em qual ramo ele tem a maior probabilidade de sucesso. Um empreendimento requer determinação, dedicação e uma boa dose de sacrifício, pelo menos no início. Seja numa empresa, ou constituindo o próprio negócio, devemos agir como gestores: planejando onde queremos chegar e mapeando os desafios a serem vencidos!
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Victor Mota

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