Um dia, um executivo falou para o grupo de Trainees como era difícil ser um homem de negócios. Segundo ele, trata-se de uma profissão solitária, devido ao grande número de viagens e à rotina extremamente puxada.
Ainda estou começando nessa empreitada, mas já sinto o que é isso. Muitos dos meus amigos deixaram de me convidar para festas e confraternizações, minha família sente minha falta e até reclama um pouco dela.
Mas sei que isso é questão de equilíbrio. Ainda não obtive a maturidade suficiente para saber dosar corretamente a relação pessoal x profissional. Sei, também, que meus verdadeiros amigos respeitam e apóiam essa fase e que eles vão me receber de braços abertos quando eu atingir o meu objetivo maior.
É importante saber que, enquanto nos afastamos de alguns parceiros, aparecem outros. Eles nos distraem, nos alegram, nos ensinam muitas coisas e nos fazem viajar por um universo imaginário muito divertido! Estou falando dos livros!
Já foram 30 até agora no programa de trainee. Já voltei 6 bilhões de anos com o “Breve história de quase tudo”. Vivi um desastre aéreo na Cordilheira dos Andes em “Milagre nos Andes”. Acompanhei o drama da empregada doméstica Bima em “A distância entre nós”.

Isso sem contar os livros técnicos, políticos e todos os outros tipos. Destaco também os estudos sociais de “Freakonomics” em que pude ver como assuntos absurdamente distintos se relacionam. O “Choque de Civilizações” com o qual tive a oportunidade de aprender a conjuntura política do planeta.
Tem também o melhor de todos! “As cem melhores crônicas brasileiras”. Esse é o livro para ser de cabeceira. Essa obra realmente conversa com você. Isso devido à diversidade de temas e pela forma simples pela qual o autor conversa com o leitor.

Portanto, mais do que os companheiros de Marquise e de Programa trainee, posso dizer que ganhei, até o momento, mais 30 amigos! Espero que os próximos livros também sejam tão bons quanto os primeiros. Afinal de contas, amigos de verdade são os que você seleciona criteriosamente.
Iolam Júnior
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